quarta-feira, 13 de maio de 2015

Planos de saúde: brasileiro usa em excesso; ou não usa, o que também é um problema.


Estudo da AzimuteMed revela alto índice de sinistro por mal uso do plano de saúde, mostra ainda que muitas pessoas não investem na prevenção de determinadas doenças como câncer de mama, de colo de útero e de próstata.
 
O brasileiro não sabe usar corretamente o plano de saúde. É o que revela estudo conduzido pela empresa de saúde AzimuteMed, entre maio de 2012 e abril de 2013, em uma carteira empresarial com 2.350 vidas, sendo 1.183 homens e 1.167 mulheres. Do total, 28.06% são titulares do plano de saúde e o restante é dependente.

A AzimuteMed constatou que 13,55% da carteira usam o plano de saúde de forma abusiva, o que gera um sinistro anual por pessoa no valor de R$ 2.677,71, quando a média do mercado gira em torno de R$ 906,96. Por outro lado, 13% não utilizam o plano, o que indica total ausência de ações de prevenção nesse grupo.

A alta sinistralidade também está presente entre os doentes crônicos, portadores de doenças como diabetes e hipertensão, e que representam 14% da população. A média anual de gasto por vida gira em torno de R$ 2.480,42.

Nos três casos, são pessoas que não sabem fazer uso racional do plano, ou seja, não tem fidelização a um médico, não realizam consultas eletivas e exames de rotina, atitudes que evitariam idas aos prontos atendimentos e até mesmo internações.

“O mal uso encarece o plano de saúde. As pessoas não compreendem e talvez nem se importem que o plano pertence a uma grande comunidade e que a ação delas prejudica o outro”, explica Luciana Lauretti, sócia da AzimuteMed e especialista em gestão de saúde.

“O problema é cultural – no Brasil, o foco está na doença e não na saúde. Não há uso de recursos de saúde de forma preventiva e o brasileiro de maneira geral ainda adoece sem qualquer tipo de prevenção”, acrescenta.

No caso dos doentes crônicos o problema é ainda maior: é muito comum o paciente abandonar o tratamento e como, consequência, a doença sai do controle e surge a necessidade de ir ao pronto atendimento, com explosão dos custos e deterioração da qualidade de vida.

Luciana explica que para este grupo de pessoas é importante a conscientização a respeito da doença, o que pode ser feito através de um programa de monitoramento. “Ao cuidar de cada um deles de maneira diferenciada, mostrando a importância de entender melhor sua doença e de tomar a medicação correta, entre outras ações, o doente crônico passa a fazer uso do plano de saúde de forma inteligente”, ressalta.

Indicadores baixos de prevenção oncológica são sinal de alerta

O estudo da carteira revela ainda um dado perigoso: as pessoas não estão fazendo exames preventivos de patologias oncológicas. Das 592 mulheres ativas elegíveis, entre 25 e 29 anos, 55,41% não efetuam o exame de prevenção de câncer de colo de útero. Já entre as acima de 50 anos (175 vidas), 38,29% não fazem exames de câncer de mama. Entre os homens (196 vidas), 46,43% não realizam exame de próstata.

Não usar o plano de saúde também é um problema sério. De acordo com a análise feita pela AzimuteMed, cerca de 13% das vidas analisadas (123 homens e 56 mulheres) não fizeram uso do plano de saúde por um período de dez meses ou mais. Desse total, pelo menos 47 vidas com idade acima de 34 anos deveriam ter usado o benefício para ações de prevenção (exames, consultas, check-ups).

Para mudar o cenário de mau uso do plano de saúde e da falta de conscientização da prevenção, Luciana acredita que as pessoas deveriam buscar um médico de confiança, um profissional que possa atendê-las nas horas críticas.

Outra solução é recompensar quem se cuida. Na opinião da sócia da AzimuteMed, o mercado deveria pensar em formas de premiar aqueles que fazem bom uso do plano de saúde. “No caso das operadoras, por exemplo, deveriam dar descontos para quem realiza exames preventivos. Já as empresas deveriam oferecer bônus aos funcionários que têm boas condutas em relação a sua saúde”, sugere.
 
Fonte: Skwebcom.br | Revista Cobertura Mercado de Seguros
 
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