sexta-feira, 3 de julho de 2015

Passo a passo para o plano de saúde não pesar no caixa da empresa

Benefício saúde pesa no caixa das empresas; desafio é escolher plano que satisfaça os colaboradores e se encaixe no orçamento das organizações

O benefício saúde é um dos itens que mais pesa nos custos de uma empresa, por isso é preciso ter muito cuidado na hora de contratar ou trocar de plano de saúde. Além da escolha correta, é preciso investir em campanhas para incentivar os colaboradores a usá-lo de forma consciente.

“O primeiro passo é conhecer o perfil de seus colaboradores em detalhes. Esses dados ajudarão a escolher o plano de saúde mais adequado, além de contribuir para a empresa desenvolver ações focadas em promoção da saúde”, explica Luciana Lauretti, sócia da empresa AzimuteMed e especialista em gestão de saúde.

Ao planejar a aquisição de um plano de saúde ou mesmo a migração do benefício para outra empresa, é preciso fazer uma análise contemplando diversos itens. São eles:

• Tipo de operação (seguradoras, medicinas de grupo, empresas de auto-gestão ou cooperativas)

• Reputação na Agência Nacional de Saúde (ANS)

• Abrangência e qualidade da rede credenciada

• Valor do reembolso

• Políticas para tratamento de doenças pré-existentes, como câncer, doenças crônicas e autoimune

A advogada, especialista na área de saúde suplementar, vice-presidente jurídica e diretora do Grupo de Saúde Corporativa da AAPSA

Milva Gois endossa que o conhecimento do plano é essencial, e acrescenta. "É preciso analisar bastante antes de definir o formato de contratação, levando em consideração o impacto de cada modelo. Por exemplo, o plano contributário, que tem desconto parcial do valor na folha de pagamento, pode reduzir o custo à primeira vista, mas implica ao empregador oferecer a continuidade do benefício no caso de demissão sem justa causa ou aposentadoria", explica Milva. "No médio e longo prazos, isso poderá gerar um passivo para a empresa e necessidade de provisionamento, com impacto direto no caixa".

Uma vez contratado o plano, a empresa precisa investir em um trabalho de conscientização sobre sua utilização. O uso inadequado do benefício eleva a sinistralidade e, consequentemente, o valor da mensalidade. “O foco tem que ser na saúde, e não na doença. Ou seja, além de investir em programas de prevenção contra doenças, é preciso manter o colaborador com hábitos saudáveis”, afirma Luciana.

Outro ponto, segundo Luciana Lauretti, é conscientizar que apesar do benefício ser coletivo, o mau uso individual traz impacto para o próprio colaborador. “A utilização errada encarece o plano de saúde. As pessoas não compreendem, ou talvez não se importem, que o plano pertence a uma grande comunidade e que a ação delas prejudica ao outro e a si mesmas – nossos dados comprovam isso”.

Estudo conduzido pela AzimuteMed em uma carteira empresarial com 2.350 vidas revela que 13,55% usam o plano de saúde de forma abusiva, o que gera um sinistro anual por pessoa no valor de R$ 2.677,71, quando a média do mercado gira em torno de R$ 906,96. Por outro lado, 13% não utilizam o plano, o que indica total ausência de ações de prevenção nesse grupo. A pesquisa foi feita entre maio de 2012 e abril de 2013, em uma população com 1.183 homens e 1.167 mulheres. Do total, 28.06% são titulares do plano de saúde e o restante é dependente.

A alta sinistralidade também está presente entre os doentes crônicos, portadores de doenças como diabetes e hipertensão, e que representam 14% da população. A média anual de gasto por vida gira em torno de R$ 2.480,42.

Fonte: Revista Cobertura

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