terça-feira, 9 de junho de 2015

A Lei de Reciprocidade na Gestão de Pessoas

A gestão de pessoas é regida pela lei de reciprocidade, ou seja, quando uma empresa acha que está fazendo um favor para o funcionário apenas pelo fato de ceder-lhe um emprego, o funcionário também acha que está fazendo um favor para a empresa quando vai trabalhar... Simples assim 

O que não faltam são publicações e estudos alertando empresários quanto a importância de seu capital humano para o sucesso da organização, porém no mundo real nem sempre isso acontece... na verdade, eu me arriscaria a classificar as empresas em três tipos:
Capital humano como valor organizacional

Sim, acredite. Existem empresas que realmente enxergam seus funcionários como diferenciais para o sucesso. São aquelas que colocam a questão humana acima de outras. Você as identifica claramente por políticas de gestão claras, estruturadas e transparentes, mesmo por que, não há motivos para não sê-lo.

Nestas, as pessoas saem em licença (seja por maternidade, doença ou acidente) sem medo de não ter emprego quando voltar. Os benefícios são realmente diferenciados, ou seja, a empresa investe em oferecer conforto e segurança aos funcionários para que os mesmos possam manter o foco na atividade sem preocupações desnecessárias.

A empresa deste perfil tem uma estrutura de cargos e salários compatível com o mercado e com sua própria estratégia, além de um plano de carreira estruturado e imparcial. Procura monitorar o clima periodicamente e toma ações efetivas de melhoria.
As que acham que são diferenciadas

Algumas empresas apenas vendem a ideia da gestão de pessoas, que está apenas em seu discurso. Mas não tem políticas de gestão claras e chegam a manipular as informações para convencer os funcionários do que, na realidade, não são.

Os benefícios são básicos, mas adoram lembrar a todos que oferecem R$ 0,50 a mais do que o valor do Vale-Refeição determinado pelo sindicato. Convênios com coparticipação também podem ser uma iniciativa questionável... Fazem parcerias de forma que pareça ao funcionário que está cedendo mais um benefício, mas, na verdade, não investiu absolutamente nada e conseguiu o desconto para os empregados em troca da divulgação da instituição na empresa.

O plano de salários pode até existir, mas é incompreensível, o que acaba por ser conveniente, pois assim pode se moldar às vontades dos gestores. Nesta, as promoções podem ser questionáveis, mas, obviamente, a empresa sempre tem uma resposta pronta para justificar suas ações cuja imparcialidade é, muitas vezes, duvidosa.
As que nem tentam

Devo reconhecer que nestas, pelo menos, a situação é clara. Não há política alguma e nem planos para desenvolvê-la. O funcionário é um número e a empresa tem a atitude de quem parece que está fazendo um favor para o empregado.

Os benefícios são apenas os impostos por lei ou acordo sindical e ponto final. Plano de carreira? Não existe. O objetivo é manter o funcionário o mais tempo suficiente na função para não ter que gastar contratando e treinando outro.

Mas é lógico que, ao escolher o caminho a seguir, os dois últimos tipos citados nem sempre se lembram de que a relação com o funcionário é de reciprocidade, ou seja, se a empresa acha que está fazendo um favor para o funcionário apenas pelo fato de ceder-lhe um emprego, o funcionário também acha que está fazendo um favor para a empresa quando vai trabalhar. Lamento, mas é simples assim.

O que é um paradoxo, porque, se o empresário acha que seus empregados não tem a inteligência ou a perspicácia para entender as ações da empresa, então, certamente, porque esperar deles uma atitude diferenciada com relação aos clientes ou à atividade profissional?

Imaginem um funcionário que trabalha mais de 12 horas por dia recebendo a notícia daquele programa encantador de qualidade de vida que a empresa está promovendo... Será que ele não preferiria ir para casa no horário normal para ter um tempo com a família do que uma massagem nos pés? Ah é... eu me esqueci que ir para casa no horário ainda é visto como falta de comprometimento em muitas empresas...

É nestas horas que o empregado vê com ironia as iniciativas da organização e apenas finge que acredita, da mesma forma que a empresa finge que está preocupada com o bem-estar dele. O fato é que o funcionário se compromete com a organização na mesma medida que ela se compromete com ele, ou seja, reciprocidade.

Enfim, caro empresário, por favor, não subestime seus colaboradores. A gestão das pessoas é a expressão da cultura da empresa, está nas entranhas da organização, o empregado a vive em seu dia-a-dia profissional, e retribui na mesma medida que recebe da empresa. Simples assim.

Fonte: Flavia Garbo - Site Administradores / Artigos - www.administradores.com.br

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