Mais importante do que deixar uma herança polpuda, um avô deve deixar como legado para seus netos uma relação positiva com o dinheiro. Para os especialistas em finanças pessoais, a grande vantagem desta combinação entre experiência e inocência é que ela pode ocorrer de forma muito lúdica e afetiva para os dois lados, e resultar numa vida de maior prosperidade para os pequenos.
“Vejo a integração entre as gerações como uma grande oportunidade de formar cidadãos mais aptos a gerir seus bens”, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor, entre outros best-sellers, da série O Menino e o Dinheiro. “Mas, também há grandes desafios no processo de ensinar os baixinhos.”
No que se refere à relação com as finanças, Domingos divide os avós em três tipos: os poupadores, os equilibrados e os endividados.
Os chamados pelo educador financeiro de poupadores são os vovôs e vovós que conseguiram amealhar um patrimônio ao longo da vida, e que vivem com folga no orçamento. “Ao mesmo tempo em que esse sucesso serve de exemplo e permite proporcionar presentes e experiências legais para a criançada, ele tem de ser bem administrado pelo idoso, que jamais pode cair na tentação de querer compensar os seus tempos de dureza mimando os netos”, observa. “A abordagem mais recomendada é ensinar por meio do exemplo e ensinar a criança a merecer o dinheiro e os presentes. Outra coisa: não atrapalhar as conquistas dos pequenos. Se eles estão economizando para comprar alguma coisa, não frustre o garoto indo lá e simplesmente comprando o que ele quer. Ajudar a conquistar é uma coisa. Atropelar uma conquista, é outra”, explica.
O equilibrado é o vovô que tem algum patrimônio, mas vive no limite dos seus rendimentos. “Esse é o que tem melhor chance de mostrar para as crianças as virtudes da boa administração para fazer a grana render. Ele também poderá ensinar que orçamentos têm limites e que nem tudo pode ser comprado. Ou, por exemplo, que pode levá-lo ao cinema ou ao parque de diversões. Que é preciso escolher”, diz Domingos. “Como tem dinheiro curto, tempo é o que ele pode investir. Então, é hora de aproveitar para ensinar coisas e dividir momentos. Ensinar a andar de bicicleta, jogar damas ou fazer bolos.”
Para o terceiro tipo, o endividado, o conselho de Domingos é evitar a amargura e não se afastar dos netos. “O idoso endividado tem de buscar ajuda, falar para os filhos da sua situação e compensar a impossibilidade de dar presentes com atenção na vida das crianças”, diz. “Ele pode usar seu exemplo para ensinar o neto a não cair nas armadilhas que ele caiu e, assim, também ajudar na educação financeira.”
Para Daniel Branchini, autor do livro Conquiste Sua Emancipação Econômica, em que mostra como a psicologia pode ajudar na hora de tomar decisões sobre dinheiro, o que vai determinar o papel dos avós nos mais variados aspectos da vida dos pequenos é a capacidade individual de encarar a vida. “É importante não transferir traumas em relação ao patrimônio e, sim, lições sobre como o dinheiro atua na vida das pessoas”, diz Branchini. “É preciso evitar ficar congelado numa visão de mundo amarga. Isso atrapalha muito mais a relação com as crianças do que a falta de dinheiro para passeios e presentes”, observa.
Previdência privada é alternativa à poupança
Os especialistas em finanças pessoais defendem que, junto com a certidão de nascimento, os avós devem providenciar conta poupança ou previdência privada para os netos.
Entre as duas opções, a previdência privada é considerada mais vantajosa por três razões: 1) Ela disciplina os depósitos para que sejam mensais porque as contribuições são feitas por débito em conta ou por boleto bancário; 2) Permite rentabilidade maior porque pode combinar resultados de renda fixa e variável; 3) Permite desconto de até 12% no Imposto de Renda.
De acordo com o diretor de Vida e Previdência da SulAmérica, Marcio Magnaboschi, a previdência para crianças e adolescentes é cada vez mais disseminada. “Avós e pais estão cada vez mais conscientes das vantagens de garantir a estabilidade financeira dos pequenos no futuro”, diz.
Os números da seguradora confirmam essa tendência. Em julho, quando comparada com 2012, a reserva de planos de previdência privada para menores aumentou 27%, e as contribuições regulares subiram 10%, com tíquete médio avaliado em R$ 131 mensais.
“Vejo a integração entre as gerações como uma grande oportunidade de formar cidadãos mais aptos a gerir seus bens”, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor, entre outros best-sellers, da série O Menino e o Dinheiro. “Mas, também há grandes desafios no processo de ensinar os baixinhos.”
No que se refere à relação com as finanças, Domingos divide os avós em três tipos: os poupadores, os equilibrados e os endividados.
Os chamados pelo educador financeiro de poupadores são os vovôs e vovós que conseguiram amealhar um patrimônio ao longo da vida, e que vivem com folga no orçamento. “Ao mesmo tempo em que esse sucesso serve de exemplo e permite proporcionar presentes e experiências legais para a criançada, ele tem de ser bem administrado pelo idoso, que jamais pode cair na tentação de querer compensar os seus tempos de dureza mimando os netos”, observa. “A abordagem mais recomendada é ensinar por meio do exemplo e ensinar a criança a merecer o dinheiro e os presentes. Outra coisa: não atrapalhar as conquistas dos pequenos. Se eles estão economizando para comprar alguma coisa, não frustre o garoto indo lá e simplesmente comprando o que ele quer. Ajudar a conquistar é uma coisa. Atropelar uma conquista, é outra”, explica.
O equilibrado é o vovô que tem algum patrimônio, mas vive no limite dos seus rendimentos. “Esse é o que tem melhor chance de mostrar para as crianças as virtudes da boa administração para fazer a grana render. Ele também poderá ensinar que orçamentos têm limites e que nem tudo pode ser comprado. Ou, por exemplo, que pode levá-lo ao cinema ou ao parque de diversões. Que é preciso escolher”, diz Domingos. “Como tem dinheiro curto, tempo é o que ele pode investir. Então, é hora de aproveitar para ensinar coisas e dividir momentos. Ensinar a andar de bicicleta, jogar damas ou fazer bolos.”
Para o terceiro tipo, o endividado, o conselho de Domingos é evitar a amargura e não se afastar dos netos. “O idoso endividado tem de buscar ajuda, falar para os filhos da sua situação e compensar a impossibilidade de dar presentes com atenção na vida das crianças”, diz. “Ele pode usar seu exemplo para ensinar o neto a não cair nas armadilhas que ele caiu e, assim, também ajudar na educação financeira.”
Para Daniel Branchini, autor do livro Conquiste Sua Emancipação Econômica, em que mostra como a psicologia pode ajudar na hora de tomar decisões sobre dinheiro, o que vai determinar o papel dos avós nos mais variados aspectos da vida dos pequenos é a capacidade individual de encarar a vida. “É importante não transferir traumas em relação ao patrimônio e, sim, lições sobre como o dinheiro atua na vida das pessoas”, diz Branchini. “É preciso evitar ficar congelado numa visão de mundo amarga. Isso atrapalha muito mais a relação com as crianças do que a falta de dinheiro para passeios e presentes”, observa.
Previdência privada é alternativa à poupança
Os especialistas em finanças pessoais defendem que, junto com a certidão de nascimento, os avós devem providenciar conta poupança ou previdência privada para os netos.
Entre as duas opções, a previdência privada é considerada mais vantajosa por três razões: 1) Ela disciplina os depósitos para que sejam mensais porque as contribuições são feitas por débito em conta ou por boleto bancário; 2) Permite rentabilidade maior porque pode combinar resultados de renda fixa e variável; 3) Permite desconto de até 12% no Imposto de Renda.
De acordo com o diretor de Vida e Previdência da SulAmérica, Marcio Magnaboschi, a previdência para crianças e adolescentes é cada vez mais disseminada. “Avós e pais estão cada vez mais conscientes das vantagens de garantir a estabilidade financeira dos pequenos no futuro”, diz.
Os números da seguradora confirmam essa tendência. Em julho, quando comparada com 2012, a reserva de planos de previdência privada para menores aumentou 27%, e as contribuições regulares subiram 10%, com tíquete médio avaliado em R$ 131 mensais.
Fonte: Andréa Ciaffone | Diário do Grande ABC
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